Conheça o Archivematica


O Archivematica é um software, distribuído na política de software livre, sob a licença AGPL3. O código-fonte está disponível na internet1 e toda a documentação referente à ele se encontra sob a licença Creative Commons2.

Foi desenvolvido pela empresa canadense Artefactual Systems, tendo a colaboração de algumas instituições e projetos: da UNESCO, por meio do Memory of the World's - Subcommittee on Technology; do Arquivo Municipal da cidade de Vancouver – Canadá; da Biblioteca da Universidade de British Columbia - Canadá; do Arquivo Central de Rockefeller - Canadá; do Arquivo da Universidade Simon Fraser University - Canadá, de outros colaboradores.

O Archivematica tem o objetivo de armazenar a documentação em formato digital de acordo com os padrões exigidos em relação à preservação arquivística, visando torná-la acessível a longo prazo. Sua estrutura e funcionamento seguem o padrão ISO-OAIS.

É acessado via navegador web. Trabalha com padrões de metadados como a Dublin Core3, MET44, PREMIS5 e outros. No momento, não há tradução do software para o idioma Português, sendo ele todo apresentado na língua inglesa.

O sítio oficial do Archivematica na web encontra-se no endereço virtual http://www.archivematica.org. Nesse sítio podemos encontrar informações referentes à versão atual do software bem como todas as outras versões anteriores, e todas disponíveis para download. Há um espaço para discussão dos usuários, notícias e toda a documentação do software para pesquisa e download. É possível criar um perfil no site, bastando apenas informar seu e-mail, nome de usuário e uma breve biografia sua. Após, a pessoa recebe um e-mail contendo a senha e um link para confirmar seu email.

Também, há um grupo de discussão no Google que permite aos usuários expor casos excepcionais do software, bem como dúvidas, sugestões e elogios do software. O grupo encontra-se ativo desde junho de 2009 no endereço virtual: groups.google.com/group/archivematica.

Aprenda a instalar o Archivematica!
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1 O código-fonte do Archivematica está disponível no endereço . Acesso em: 26 abr. 2012.
2 Creative Commons é uma organização não governamental, sem fins lucrativos localizada em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, voltada expandir a quantidade de obras criativas disponíveis, através de suas licenças que permitem a cópia e compartilhamento com menos restrições que o tradicional “todos direitos reservados”. Para esse fim, a organização criou diversas licenças, conhecidas como licenças Creative Commons. As licenças criadas pela organização permitem que detentores de copyright (isto é, autores de conteúdos ou detentores de direitos sobre estes) possam abdicar em favor do público de alguns dos seus direitos inerentes às suas criações, ainda que retenham outros desses direitos. Disponível em . Acesso em 30 abr. 2012.
3 O esquema de metadados Dublin Core fornece um núcleo de vocabulários de apoio a soluções interoperáveis, visando reconhecer e gerenciar pesquisas. O Dublin Core Metadata Initiative (DCMI) é uma organização aberta, constituída em Cingapura como um bem público, empresa sem fins lucrativos, limitada por garantia, apoiando a inovação em design. Disponível em . Acesso em: 30 abr. 2012.
4 O METS é um padrão para codificar metadados descritivos, administrativos e estruturais sobre os objetos dentro de uma biblioteca digital, utilizando a linguagem de esquema XML do World Wide Web Consortium. O padrão é mantido na Network Development and MARC Standards Office da Biblioteca do Congresso Norte Americano, e está sendo desenvolvido como uma iniciativa da Biblioteca Digital da Federação Norte Americana.
5 PREMIS (PREservation Metadata: Implementation Strategies) é um grupo de trabalho internacional preocupado com o desenvolvimento de metadados para uso em preservação digital. Em 2003, o Online Computer Library Center (OCLC) e o Research Library Group (RLG) estabeleceu o grupo de trabalho PREMIS, que consistia de uma lista multi-nacional de mais de trinta representantes dos setores culturais, governamentais e privados, a fim de definir metadados centrais de preservação, com orientações/recomendações para a gestão e utilização. PREMIS foi "encarregado a definir um conjunto de unidades semânticas de implementação independente, orientada para a prática, e que seja necessário para a maioria dos repositórios de preservação". Disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/Preservation_Metadata:_Implementation_Strategies_(PREMIS). Acesso em: 15 mai. 2012.



Preservação Digital DGARQ


Vídeo sobre a importância da preservação digital. A Direção geral de Arquivos procura sensibilizar a comunidade da importância desta temática.
Produção: Direção Geral de Arquivos + Garden Films




Design em aplicações Access - Parte 01

Escrito por Gilberto Mendes

"Além de do Access, outra de minhas paixões é o Marketing como uma forma de pensamento estratégico. E entre as minhas leituras me deparo com algumas tendências. E uma delas é o design. Arriscando uma definição particular, o design em uma aplicação Access é o esforço de tornar a aplicação intuitiva, prática e visualmente coerente.

Design é muito mais técnica do que arte. São regras e teorias (como a teoria das cores) e estudos (como o movimento dos olhos para a leitura de uma página) que geralmente são aplicados em páginas web, mas que podem ser adaptados para o Access (e no fim das contas para o VB, Delphi e outras aplicações Windows) com facilidade.

Porque é tão comum termos aplicações “feias” no Access?


Não sei exatamente o motivo, mas a maioria das aplicações que vejo em Access são muito ruins em termos de navegação e estética. Mas tenho algumas teorias:
  • Falta de uma formação que enfoque o design – a maioria dos desenvolvedores Access são heróis que aprenderam sem livros ou treinamentos formais a criar seus programas.
  • Exemplos e assistentes que têm um visual deplorável. Quem se apóia nos wizzards para criar suas aplicações sempre vai sofrer com a má qualidade visual e de acessibilidade.
  • Programadores, que cultivam uma mente mais analítica, às vezes escolhem usar um padrão de branco e azul (ou cinza e preto… ou…)


Visual dos formulários criados por assistentes - quem foi que criou essas coisas horríveis? 
Visual dos formulários criados por assistentes – quem foi que criou essas coisas horríveis?


Ópera em Cinza - Quem sem importa com o visual? 
Ópera em Cinza – Quem sem importa com o visual?

Há quem diga que o que importa em uma aplicação é que ela tenha boa performance e faça tudo que o usuário precisa. Depois de algum tempo desenvolvendo e interagindo com usuários e de ler muito sobre marketing, posso dizer uma coisa óbvia que muita gente pode não saber:

Qualidade é uma questão de percepção. 

Portanto, o que o cliente percebe é o que vale. Se você cria uma aplicação correta em termos de recursos, mas que tem telas simples, uma navegação complicada, relatórios feitos em assistentes e aquele switchboard do access, o cliente certamente vai ser obrigado a aceitar (já que o que ele pediu o sistema faz) mas sempre terá uma certa tristeza, um certo desconforto ao usar e demonstrar a aplicação. O sintoma principal é o diminutivo (“É… nós temos um sisteminha em Access…”). E, a aplicação, por mais incrível que seja, não terá a devida valorização.

Então, meu amigo, se você usou a facilidade de desenvolvimento do access pra montar aquelas telas de cadastro a toque de caixa, corre o risco de não ser contratado novamente, de não ser indicado, ou não ser valorizado, se deparando com aquela choradeira de preços que as pequenas empresas jogam para cima dos programadores free-lance.

Então, se você deseja ser um profissional de verdade, é preciso dar alguns passos e dominar alguns conceitos, como intuitividade e ergonomia.

Intuitividade


Uma aplicação é intuitiva quando o cliente é capaz de aprender a usar a aplicação com o mínimo de treinamento. Então, se você tem um formato coerente de interface, com botões que representam claramente o que fazem, a curva de aprendizado do cliente fica bastante reduzida.
Particularmente os botões de uma aplicação são um dos eixos de sua qualidade gráfica. O uso de ícones ajuda muito o usuário a reconhecer as metáforas das ações do sistema. Disquetes para salvar informações, impressoras para relatórios e tantos outros, como estamos acostumados a ver.
E aqui aparecem novamente as escolhas de usar o que tem disponivel. Você pode muito bem usar os recursos nativos do Access e ter resultados assim:

Botões de texto: 20 anos de bons serviços. 
Botões de texto: 20 anos de bons serviços.


Icones do Access: eram legais na versão 1.0... são os mesmos até hoje 
Icones do Access: eram legais na versão 1.0… são os mesmos até hoje
 
Agora, será que não dá pra ir um pouco além? Um uso de um programa básico de imagens e alguns icones que se pode baixar gratuitamente na internet (ou se você for exigente, investir alguns dólares em um jogo de icones profissionais) e num instante você tem um visual dezenas de vezes melhor:

Icones royalty free e um editor gráfico: maravilhas pelo seu sistema. 
Icones royalty free e um editor gráfico: maravilhas pelo seu sistema.
Icones royalty free e um editor gráfico: maravilhas pelo seu sistema.


Quer alguns icones pra começar? Entre no google imagens e dê uma pesquisada em “icons”. Provavelmente você vai encontrar mais do que é capaz de utilizar na vida.

Praticidade e ergonomia


Uma aplicação é prática ou ergonômica quando o trabalho do dia a dia do cliente é facilitado pelo programa. Aquela questão clássica de “apertou um botão e está pronto”. Tente compreender a forma de trabalho do usuário.

Um exemplo clássico: o usuário entra na tela de pedidos e no final descobre que precisa cadastrar uma nova transportadora. Algumas aplicações exigem que ele cancele o pedido ou salve-o, saia desta tela, acesse o cadastro de transportadoras, faça o cadastramento (que muitas vezes exige a digitação de campos obrigatórios que o usuário não tem no momento – dá-lhe preencher campos com “xxxxxx” ) para depois voltar, fazer uma busca pelo pedido que se estava fazendo e finalizar.

Um trabalhão que poderia ser evitado com uma simples pergunta (“Transportadora não cadastrada, deseja cadastrar agora?”) e uma rotina simples, mas que alivia o usuário, que mesmo se não elogiar a sua aplicação, não fica reclamando do sistema para todos na empresa. Por mais que seja uma covardia comparar sua aplicação com as aplicações windows e os melhores, estas são as referências do seu cliente.

Design é ciência


Existem algumas regras que você, como programador (ou designer de aplicações) poderia estudar. A teoria das cores, a proporção áurea, linhas de força.
Uma das primeiras fontes de inspiração e de estudo está aqui mesmo, no iMasters. Existem vários artigos que esclarecem muitos elementos de design que, embora voltados inicialmente para websites, podem muito bem ser aplicados em suas aplicações Access (e em planilhas e documento de texto).

Visite os sites que vendem modelos, os famosos templates. Observe as escolhas de cores, formas, as combinações de fontes e icones. Como isso pode ajudar você a criar melhores aplicações?

Se você leu meu artigo anterior, percebeu que eu gosto de defender os fracos e oprimidos. Primeiro os programadores Access. Agora, os usuários de sistemas. Espero que este artigo tenha proporcionado algumas idéias e insights. Quem sabe você não leva na próxima visita uma caixa de bombons para os usários daquele seu cliente importante?

Na segunda parte deste artigo eu trarei algumas dicas mais concretas para seus formulários ficarem matadores.
Boa sorte, até a próxima."